segunda-feira, 29 de junho de 2015

Uber: “Taxistas precisam se juntar a essa revolução e não ir contra ela”, diz especialista em marketing

Para Gabriel Rossi, o aplicativo não é um inimigo e sim um aliado da economia colaborativa

Lançado há cinco anos nos Estrados Unidos, o aplicativo Uber, que conecta motoristas e usuários, vem causando uma série de manifestações contra seu uso por parte de taxistas em alguns países, como Brasil e França. A categoria acusa o Uber de concorrência desleal, pois oferece serviço semelhante ao de táxi, sem ter de pagar licenças e impostos as leis locais. Para o especialista em marketing, Gabriel Rossi, o aplicativo não deve ser considerado um inimigo. E, sim, um bom exemplo de economia colaborativa”, afirma.

Segundo Rossi, esta é uma tendência que está se espalhando por vários setores da economia e que veio para ficar por várias razões. “Uma delas é a econômica, devido à escassez de recursos. Outro aspecto importante é o tecnológico. Não podemos esquecer a ascensão de uma geração que cresceu com a internet e se comunica com outras pessoas, principalmente via plataformas digitais, compartilhando experiências boas ou ruins”, afirma. Ele destaca que a economia colaborativa gera uma poderosa transformação nos hábitos de consumo e dos negócios ao redor dela. Taxistas e outros setores precisam se juntar a essa revolução e não ir contra”, alerta o especialista.

Um exemplo neste sentido é o da rede de hotéis Mariott. “Ao invés de lutar contra o fenômeno da economia colaborativa, agiu de forma inteligente. A rede credenciou com o selo Mariott a casa das pessoas que alugavam um quarto e indicou clientes provenientes do programa de lealdade que a rede cultiva. No final de tudo, a rede negociou algo em torno de 10% e 20% de participação no revenue do locatário do quarto”, explica.

Por esse e outros motivos, o especialista deixa claro que tentar derrubar ou bater de frente com essa tecnologia não é o caminho para que os consumidores deixem de utilizar esses serviços. “As corporações agora precisam reavaliar e começar a alugar, emprestar, ou até mesmo presentear consumidores com seus produtos. O novo consumidor não se preocupa mais em ser dono das coisas. Ele quer ter acessibilidade a elas. Isso ajuda a simplificar a vida”, afirma.

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