quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Apucarana será sede de Seminário sobre ferrovias no mês de dezembro



Que as ferrovias são um dos melhores meios de transportes para cargas, não resta dúvida, é uma opinião praticamente unânime. Para incrementar o setor o Governo Federal está com várias frentes de construção de novas ferrovias. Uma delas é a chamada Norte-Sul, que passará pelo Paraná.

Para debater a questão do traçado, imbróglio que se arrasta já faz algum tempo, estiveram em Brasília nesta quarta-feira (6) diversas autoridades das regiões paranaenses envolvidas na obra. Liderados pelo prefeito de Apucarana, Beto Preto; e pelo deputado federal e primeiro-vice-presidente da Câmara, André Vargas, uma comitiva foi até a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, quando foram recebidos pelo presidente da empresa Josias Sampaio Cavalcanti. A reunião foi agendada pelo senador Sérgio Souza e contou ainda com a presença do deputado Alex Canziani e o secretário de estado Amauri Escudeiro Martins que representou o governador Beto Richa.

Os paranaenses unem forças para que o traçado a ser construído passe também pelo setor produtivo do Estado. Para debater o tema foi decidido que será realizado em dezembro, em Apucarana, um seminário especialmente sobre o traçado. Com a presença de prefeitos, deputados, membros do governo e da empresa Valec o seminário deve apontar um novo rumo para os trilhos.

O deputado André Vargas (PT/PR) alerta sobre o erro que seria não ampliar o traçado. O fato é que o Norte, Noroeste e mesmo a região central do Estado tem sérios problemas de logística em relação ao escoamento da produção, e também com a chegada de mercadorias. “Temos um sentimento de perda e em certa medida quando você olha o mapa do Paraná, que é o maior produtor de grãos do país, e também essa nossa relação com Paranaguá, também a relação com Araucária pois nossos combustíveis vem de lá, então nós também não estamos falando só de exportação, estamos falando de uma dinâmica econômica”.

Tanto Vargas, como Beto Preto e os demais presentes na reunião defendem que as ferrovias sejam ampliadas como um todo, passando tanto por Guaíra, Cascavel mas também manter a parte do projeto original que liga São Paulo até Apucarana, Maringá e outros grandes celeiros produtivos. “Não tenho dúvidas que a falta de rodovias nessa região do meio central seja rodoviária ou ferroviária é determinante pra situação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da região. Vou dar só um exemplo, o Norte pioneiro ficou muito tempo sendo chamado de ‘ramal da fome’, e não tem ferrovias, mas tem a BR que foi refeita e a PR que foi refeita, melhorou, mas não resolveu todos os problemas” reafirma André Vargas.

A intenção das lideranças é que os dois traçados sejam mantidos, tanto o que ligaria Mato Grosso entrando no Paraná por Guaíra, como o que liga São Paulo até Apucarana. As linhas convergiriam todas para Paranaguá.

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