Conselho Tutelar proíbe entrada de menores em festa

Nani Gonçalves

E as outras festas? 

A falta de seriedade no trabalho executado pelo Conselho Tutelar causou uma grande confusão neste final de semana em Arapongas. Uma festa Open Bar virou um verdadeira bagunça depois que a presidente do Conselho Tutelar proibiu a participação de menores na festa. De acordo com um dos organizadores, a presidente do Conselho teria liberado a entrada de menores a partir de 16 anos, depois que foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assegurando que a venda de bebidas só seria feita a maiores identificados com pulseiras específicas. Só que, duas horas da abertura dos portões, ela chegou no local afirmando que a Justiça tinha proibido a participação de menores e que não iria permitir a entrada de nenhum adolescente.

O que não dá para entender nesse fato, é que muitas festas que acontecem em Arapongas, estão repletas de menores bebendo e fazendo a farra e enquanto isso o Conselho Tutelar não faz absolutamente nada para impedir e pior que isso, não fiscaliza.

E de repente do nada, eles resolvem voltar atrás da decisão, proibindo a entrada de menores numa festa que só pelo nome do evento, qualquer pessoa capacitada não teria permitido nem a entrada adolescentes com 16 anos. 

O Conselho Tutelar deveria fiscalizar não somente essa, mas todas as festas que acontecem em nossa cidade. Essa foi apenas uma das várias festas em que menores estão entrando sem ter nenhuma dificuldade. E o órgão responsável por fiscalizar está de braços cruzados. A pergunta é que faço para eles. E as outras festas? E os bares fechados? E os lugares que vendem bebida e que no final de semana são frequentados por menores?Como vai ser?

Infelizmente, isso faz com que organizadores lucrem mais e com certeza são os menos preocupados com quem vai beber ou deixar de virar o copo, já que o mais importante para eles é lucrar.

E o erro não para por ai. Muitos pais têm permitido filhos menores de idade frequentarem lugares como esses. Os pais tem esquecido de exercer seu papel, que é educar, corrigir e proibir se for preciso. A consequência dessa falta de atitude, são filhos viciados em bebida alcoólica e outras dependências químicas. 

Enquanto existirem órgãos que não cumprem seu papel, pessoas que só visam o dinheiro e pais que não disciplinam, muitos adolescentes continuarão virando o copo por ai, sem ter com que se preocupar, já que quem devia cuidar deles estão ocupados demais para fiscalizar suas ações.