segunda-feira, 12 de maio de 2014

Polícia Civil decide deflagrar greve após morte de agente

Mas em Apucara, Arapongas e Ivaiporã ainda não há nenhum indicativo de que a categoria vá aderir à paralisação

Policiais civis do Paraná decidiram, nesta segunda-feira (12) pela manhã, deflagrar greve depois que dois agentes carcerários e um investigador de plantão foram baleados durante a fuga de detentos da Delegacia de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã de ontem. Um dos agentes morreu. A rebelião teve início no momento em que a comida dos presos era entregue. 
O fato fez o governador Beto Richa (PSDB) determinar a imediata retirada dos presos custodiados das delegacias de Curitiba e região para o sistema penitenciário do Estado, a começar pela Delegacia de Colombo, conforme nota divulgada na agência de comunicação do governo no início da tarde de ontem. Toda esta situação levou os policiais civis decidirem por uma greve por tempo indeterminado em todas as Delegacias de Polícia (DPs) do estado a partir da madrugada de amanhã, mas em Apucara, Arapongas e Ivaiporã ainda não há nenhum indicativo de que a categoria vá aderir à paralisação.
Segundo Polícia Civil, a Delegacia de Colombo abrigava 84 presos no momento da rebelião seguida de fuga, mas o local tinha capacidade para 24 detentos. No momento da rebelião, 12 presos que se encontravam em uma cela planejavam fugir do local. Dois deles fugiram e outros dois foram baleados e hospitalizados. 
Durante a fuga, foi morto o agente carcerário, Eliel Schimerski, e foram baleados o agente Benedito Rodrigues dos Santos e o policial Diego Almeida. Os dois presos que fugiram ainda não tinham sido recapturados. Segundo a Polícia Civil, será aberto um inquérito para investigar o que aconteceu na Delegacia de Colombo. 

POPULAÇÃO CARCERÁRIA - A secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, disse que em 2011, o Paraná tinha 16.200 presos em delegacias e, deste total, mais de 6 mil já foram transferidos. 
Segundo ela, o governo está licitando 2 mil tornozeleiras para poder liberar mais vagas no sistema penitenciário num prazo de 90 dias. Realizada esta parte, ainda faltariam mais 8 mil presos para serem retirados das delegacias. 
Para resolver a situação destes 8 mil presos, serão realizadas 22 obras. Serão feitas obras de ampliação em duas unidades, na Casa de Custódia de Maringá e na Penitenciária Feminina de Piraquara. As outras 20 obras são de novas unidades prisionais nas quais serão gastos R$ 130 milhões nas cidades de Ponta Grossa, Londrina, Campo Mourão, Guaíra, Cascavel e Foz do Iguaçu. A previsão é que essas obras fiquem prontas em um ano. Fonte: Tn Online

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