Família diz que erro
na investigação causou constrangimento e humilhação para o jovem
Elaine Gonçalves
“Meu filho não é um vagabundo e muito
menos marginal”. Foi assim que a mãe do jovem Emerson Ramos, Mirtes Ramos,
iniciou a entrevista dada para Gazeta da
Cidade. Revolta e humilhação foram palavras que Mirtes mais mencionou. Seu
filho foi acusado injustamente pelo assalto ocorrido no mês passado numa
clinica de ginecologia. A secretária Auriestela Melo, que trabalhava na clinica
foi baleada e morreu na semana passada.
O inquérito teve uma reviravolta.
Emerson Renan Ramos, de 22 anos, que conforme o delegado Pedro Lucena teria
sido reconhecido por pelo menos quatro testemunhas, não tinha relação alguma
com o crime. Os dois jovens que confessaram o
crime, Matheus Nagy (20 anos) e seu cúmplice Welington Araujo Lira (22) foram
presos nesse final de semana e ficaram rindo quando fotografados pela imprensa.
“ Só Deus sabe o que sofremos durante
esses 13 dias que meu filho ficou preso. Desde o inicio, eu falei para os
investigadores que ele era inocente.Só que fizeram pouco caso e demorou dias
para eles ouvirem as testemunhas que diziam que no horário do assalto, meu
filho estava trabalhando”, contou Mirtes.
Acreditando na inocência do filho, Mirtes
procurou a imprensa do município e região.
“ Eles só começaram a dar razão ao que
dizíamos,depois que procurei a imprensa e insisti na inocência dele. Eu jamais
apoiaria meu filho se ele tivesse feito algo errado.Eu não iria dar minha cara
a tapa, se ele fosse culpado”, ressaltou Mirtes.
Segundo a família, ao ser indagado
sobre um suposto erro, o Delegado teria falado que a semelhança entre os dois
rapaz teria feito com que as testemunhas acreditassem que Emerson era o autor
do crime.
Ainda de acordo com a família,
circulou na imprensa que Emerson teria várias passagens pela policia e que
estava envolvido num furto que teria acontecido em Astorga. “ Há três anos meu
filho teve problemas com drogas, ele ficou 51 dias preso, mas nunca mais mexeu
e desde então, ele só trabalha e com seu suor conquistou seu primeiro carro.
Muitas coisas foram ditas que não eram verdades.Essa foi a única vez que meu
filho teve problemas, mas hoje ele não tem mais nenhum envolvimento”,afirmou
Mirtes.
A família pretende entrar com uma ação
contra o Estado. “Nós vamos procurar por nossos direitos. Eles erraram na
investigação, prendeu meu filho sem ouvir as testemunhas que eram a favor dele.Eu
achava que podia confiar no trabalho da policia, mas depois dessa experiência,
prefiro acreditar somente na justiça de Deus. Se isso aconteceu com meu filho,
pode acontecer com outra pessoa”, comentou Mirtes.
Emerson já foi liberado mediante alvará de soltura e
tenta voltar a sua vida normal depois do que passou.
E você leitor conseguiu achar alguma semelhança? Porque aqui na redação a gente ainda não encontrou nenhuma.
E você leitor conseguiu achar alguma semelhança? Porque aqui na redação a gente ainda não encontrou nenhuma.
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