segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Excesso de velocidade é a infração mais cometida pelos motoristas no Paraná

No primeiro semestre deste ano, 450.301 multas foram emitidas em todo o Estado para motoristas que dirigiram acima da velocidade permitida.

Dirigir acima do limite de velocidade aparece no topo da lista entre as infrações mais cometidas por motoristas paranaenses. Amanhã terça-feira (9), Dia da Velocidade, o Departamento de Trânsito do Paraná aproveitará a data para alertar os motoristas sobre os perigos e as consequências de ultrapassar os limites estabelecidos em vias públicas.
No primeiro semestre deste ano, 450.301 multas foram emitidas em todo o Estado para motoristas que dirigiram acima da velocidade permitida. O Código Brasileiro de Trânsito (CTB) prevê este tipo de infração no artigo 218, em três incisos. Somadas, as três possibilidades representam 31% de todas as infrações cometidas no Paraná nos primeiros seis meses de 2014.
“O Código Brasileiro de Trânsito trata desde o motorista que dirige a 72 km/h numa via em que a velocidade permitida é 60 km/h, até aquele que dirige com o mais que o dobro da velocidade indicada. O problema é que nos dois casos, com agravantes diferentes, o tempo de resposta do condutor é reduzido. Cerca de um terço dos acidentes poderiam ser evitados se o motorista respeitasse o limite”, explica o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
A situação que ocorre com maior frequência é transitar com velocidade superior à máxima permitida em até 20%, infração que representa 25% do total. A segunda mais recorrente entre os paranaenses é transitar em velocidade superior à máxima permitida, ultrapassando o limite entre 20% e 50%. A infração é considerada grave e acarretada 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação e multa de R$ 127,69.
A terceira situação registrada – que gera suspensão direta da Carteira Nacional de Habilitação – é dirigir com velocidade superior à máxima estabelecida em mais de 50%. A infração é considerada gravíssima, com 7 pontos na CNH e multa de R$ 191,54. No primeiro semestre deste ano, 4.651 motoristas tiveram a habilitação suspensa no Estado devido a esta situação.
CAPITAL – Os dados apresentados em Curitiba são semelhantes aos do Estado. Transitar com velocidade superior à máxima em até 20% soma 121.940 autos de infração emitidos nos primeiros seis meses de 2014 e representa 24% do total. Juntas, as três situações de infração por excesso de velocidade chegam a 27% do total.

ACIDENTES - Quanto maior a velocidade, maior será o tempo de reação do condutor. A percepção de reação entre os motoristas muda de acordo com a idade e varia entre 0,75 segundo a 0,95 segundo. Em uma situação a 100 km/h, com uma motocicleta, o acionamento dos freios pelo motorista aconteceria após ter percorrido a distância de 14 metros.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados no Manual de Segurança para Pedestres, revelam que as probabilidades de uma pessoa sobreviver a um atropelamento se tornam gradativamente mais baixas a partir de um impacto a 50 km/h. De acordo com o estudo, um aumento de 5% na velocidade média leva a um aumento de cerca de 10% nas colisões com lesões e de 20% nas colisões fatais.
“A OMS chegou a uma fórmula que relaciona o risco de acidentes e de mortes ao aumento da velocidade. Pela equação, quando se ultrapassa em apenas 1% o limite de velocidade em uma via, os riscos médios já sobem 3% e o perigo de morte cresce até 5%”, conta o coordenador de Educação para o Trânsito do Detran, Juan Ramon Sotto Franco.

DICAS – De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, pneus gastos ou mal calibrados tem menor aderência ao solo e podem ocasionar derrapagem em uma situação de frenagem.
O ideal é realizar a calibragem a cada 15 dias e de preferência com os pneus ainda frios, com o veículo parado há pelo menos uma hora ou sem que tenha rodado mais do que três quilômetros.
Os motociclistas, em asfalto plano e seco, devem usar o freio dianteiro e traseiro ao mesmo tempo. Ao usar apenas o freio traseiro, a distância de frenagem pode triplicar.

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