quarta-feira, 29 de outubro de 2014

29/10: Dia Mundial da Psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória, de evolução crônica e recorrente, com lesões descamativas que afeta entre 2 a 3% da população mundial. Acomete igualmente ambos os sexos, principalmente entre a segunda e quarta décadas da vida, é mais comum na raça branca, sendo raro em crianças e negros. De acordo com a médica Fabiane Mulinari Brenner, dermatologista do Hospital VITA, até hoje não se sabem os motivos causadores da doença, mas pesquisas científicas demonstram que, em dois terços dos casos, o fator genético está envolvido.
Fabiane explica que as lesões de pele são avermelhadas e descamativas, predominando em cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Entretanto, qualquer área da pele e unhas pode ser afetada. Queimadura solar grave, traumatismo físico, clima frio, estresse emocional e infecções podem agravar a psoríase. Alguns medicamentos podem provocar e até desencadear a psoríase: antimaláricos, lítio, betabloqueadores e alguns anti-inflamatórios.
"É típico o surgimento de lesões de psoríase sobre áreas de pele expostas a traumatismos, tais como superfícies ósseas, cicatrizes, escoriações e queimaduras", relata a médica. Apesar da psoríase clássica ser de fácil diagnóstico, pode em alguns casos ser confundida com outras dermatoses. "Nesses casos, pode ser necessária uma biópsia da pele", acrescenta a dermatologista.

Tratamento - O tratamento da psoríase possibilita desde a redução do número de lesões, até o seu completo desaparecimento. A psoríase é uma doença de evolução crônica, onde a recidiva é constante e a involução espontânea, rara. "A doença não é contagiosa e não há a cura definitiva, entretanto, com o tratamento é possível obter a ausência de lesões por meses ou anos", destaca Fabiane.
A escolha do tratamento varia de acordo com a idade do paciente, o local afetado e os tratamentos anteriormente utilizados. O fator mais importante para a escolha do método mais adequado deve ser sempre a gravidade do quadro clínico apresentado.
De acordo com a dermatologista, a pessoa precisa ser paciente para ver um resultado. "A psoríase é uma doença que com tratamento levado a sério começa a ter resultado em seis semanas, mas que a melhora efetiva surge em seis meses", explica.

Cuidados no dia-a-dia:
- Pegar de cinco a dez minutos de sol três vezes por semana, os raios solares são anti-inflamatórios e ajudam a diminuir as lesões.
- Tomar um banho rápido com água não muito quente e o sabonete com hidratante, ou à base de glicerina. O sabonete não deve ser passado muitas vezes, apenas o necessário.
- Hidratação após o banho, que pode ser feita com hidratante comum, que deve ser creme e não loção. A vaselina também pode ser utilizada. "Quando a pessoa não utiliza hidratante e não cuida da região lesionada, a pele tende ficar ressecada, dificultando o desaparecimento da lesão", explica a dermatologista.
Segundo Fabiane, é preciso ter paciência para ver um resultado. "A psoríase é uma doença que com tratamento levado a sério começa a ter resultado em seis semanas, mas que a melhora efetiva surge em seis meses", explica.
Problemas emocionais - Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou que um terço dos pacientes com problemas de pele sofre influências emocionais: estresse, depressão ou ansiedade.
De acordo com a dermatologista, as peles alérgicas ou sensíveis sofrem uma influência imediata e intensa dos estados de tensão. Um paciente com psoríase terá sua condição agravada e crises serão desencadeadas por influência de tensões emocionais.

Diferença entre psoríase e vitiligo - O vitiligo caracteriza-se por manchas brancas de tamanhos e formas variadas que se espalham por todo o corpo sem apresentar outro sintoma. A doença não é contagiosa e não atinge nenhum órgão interno, porém, é devastadora no aspecto psicológico e social. "Assim como a psoríase, é muito frequente e atinge cerca de 2% da população", conclui a dermatologista.

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