terça-feira, 7 de outubro de 2014

Arapongas está sem transporte coletivo

Pelo menos cinco mil usuários do transporte coletivo em Arapongas começaram a semana atrás de alternativas para ir ao trabalho e a outros compromissos. Isso por que os 35 motoristas da empresa Transporte Urbano de Arapongas (TUA) resolveram cruzar os braços. Eles garantem que só voltarão ao trabalho quando as propostas da categoria forem atendidas pela empresa. 
A araponguense Simone Cristina, que mora há 9 km de distância do local onde trabalha, foi uma das prejudicadas com a paralisação. “É muito longe e não tem como vir a pé. Como a greve pegou todo mundo de surpresa, hoje (ontem) foi preciso encontrar um outro meio de vir para o trabalho. Hoje, meu marido me trouxe, mas não sei como vai ser se essa paralisação se arrastar por muito tempo. Sem ônibus fica complicado, muda a rotina de todo mundo”, reclama. A greve é resultado de uma série de reivindicações feitas pelos funcionários à empresa. A classe requer um reajuste salarial de 15%, além do aumento de 5% no valor da comissão pelo serviço de cobrador que o próprio motorista exerce. 
Além disso, eles requerem a equiparação salarial independentemente do porte do ônibus, seja micro ou comum, e regulamentação das horas extras. “Nos reunimos com a classe patronal que ofereceu 10% de reajuste salarial, mas não apresentou nenhuma proposta referente às demais solicitações da categoria. A empresa alega que está operando em Arapongas no vermelho e que, por este motivo, não tem condições de atender às requisições dos motoristas. Nós apoiamos a mobilização e, até que a empresa não ofereça propostas que agradem à classe, o serviço estará suspenso no município”, pontuou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina e região (Sinttrol), Idenildo Dias Alves. 
A TUA alega que, devido à baixa quantidade de usuários pagantes- são cerca de 5 mil diariamente-, a empresa não tem obtido lucros satisfatórios no município. Por este motivo, segundo a TUA, seria necessário reajustar a tarifa dos atuais R$ 2,15 para R$ 3,30. 

SUBSÍDIO Na tarde de ontem, a Prefeitura de Arapongas emitiu uma nota informando que a empresa solicitou um subsídio para continuar operando na cidade. A assessoria informou que o município entrará com uma contrapartida de R$ 100 mil mensais para que a passagem sofra um reajuste menor, aumentando para R$ 2,45. Para que o custeio seja feito, a Câmara de Vereadores precisará aprovar um projeto de lei que será encaminhado pelo Executivo nos próximos dias. Porém, até que o acordo entre a Prefeitura e a empresa não reflita nas reivindicações dos motoristas, o serviço permanecerá suspenso. “Esse acordo pode até melhorar para eles, mas se não melhorar para a gente, não adianta nada. Queremos que nossas exigências também sejam revistas. Se isso não acontecer, nós vamos continuar parados e a população sem o serviço”, afirmou o motorista Sérgio Lopes. Procurada pela Tribuna, a direção da TUA não quis se manifestar sobre as negociações. Fonte: Tribuna do Norte

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