Alegando estar seguindo o GPS, mais um caminhão chegou ontem
no centro de Apucarana, depois de pegar a entrada da rodovia que dá acesso a
Rua Deolindo Massambani, no antigo King Meat. Trata-se exatamente o mesmo trajeto
seguido pela carreta carregada de piso que matou nesta semana duas crianças no
bairro 28 de Janeiro.
O veículo, também transportando carga pesada, desta vez andaimes
para construção, foi parado pelo prefeito Beto Preto quando trafegava pela Rua
Elídio Stábile, a qual passa em frente do Colégio Isidoro Luiz Cerávolo.
Ao ser questionado pela Guarda Municipal por que estava
seguindo aquele trajeto, o motorista deu a mesma explicação da condutora da
carreta que se envolveu no grave acidente a uma quadra dali, há 4 dias.“Ele alegou
que estava seguindo o GPS”, disse o comandante da Guarda Municipal, Ataíde Pantaleão.
Procedente de Belo Horizonte, o motorista disse que ao
chegar à entrada de Apucarana ligou o GPS que indicaria o caminho mais curto e
menos movimentado para fazer uma entrega na Barra Funda, perto da Praça Mauá. O
instrumento indicou a entrada na altura do antigo King Meat. “Por questão de
segurança, a Guarda Municipal em seguida escoltou o caminhão até a Avenida
Munhoz da Rocha”, informou Pantaleão.
Segundo Pantaleão, após um monitoramento no local nos
últimos dias, foi constatado o uso deste trajeto por parte de muitos motoristas
de caminhões. Eles vêm no sentido Arapongas-Apucarana e dobram a Rua Deolindo
Massambani. Alguns seguem em direção ao centro pegando a direção do Bairro 28,
e outros vão direto passando por dentro das vilas Apucaraninha e Regina. O
objetivo, neste último caso, é a utilização o viaduto da Vila Regina para
chegar ao centro da cidade. “Além do risco de acidentes, o asfalto naquele
trecho está sendo danificado pelo tráfego pesado”, lamenta Pantaleão.
Ainda ontem, o departamento de trânsito da Prefeitura,
como medida paliativa, instalou na rodovia, a alguns metros da entrada da Rua Deolindo
Massambani, duas placas refletivas proibindo a conversão à direita de caminhão
acima de 5 toneladas. A carreta envolvida no acidente da última terça-feira
tinha quase 30 toneladas. “Essa entrada tem cerca de 35 anos e nunca recebeu
uma placa proibindo o tráfego que veículos pesados”, observou o diretor de
trânsito, Silnei Bolonhezi.
O prefeito Beto Preto informou ontem que está licitando a
compra de placas definitivas para regular o tráfego de caminhões na cidade. Os
equipamentos serão instalados em todas as entradas da cidade.
Beto ainda convocou uma reunião para os próximos, com a
participação da Guarda Municipal e Polícia Militar. “Precisamos apertar a
fiscalização no tráfego de caminhões por dentro de Apucarana. Só vai entrar
veículos pesados em dois casos: para entrega e se o motorista morar na cidade,
e mesmo assim por ruas apropriadas”, afirmou Beto.
O Prefeito lembrou que as medidas anunciadas são em
reação ao acidente de terça-feira que vitimou as duas crianças. “Lamentamos o
ocorrido, mas agora temos que agir para resolver essa situação”, declarou.
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