sexta-feira, 12 de julho de 2013

Moradores de Arapongas depositam entulhos nas ruas por não ter local para destinar lixo

Por lei, fabricantes são responsáveis pela destinação do lixo
Sofá jogado na Rua Tucanos em Arapongas
Sofás, camas, armários e outros móveis são frequentemente encontrados jogados em vias públicas de Arapongas, acumulando sujeira e poluindo as ruas, sem falar que pode servir como abrigo para roedores e insetos. Isso acontece porque atualmente não existe em Arapongas um lugar especifico para jogar esse tipo de lixo. O lixo (resíduo), tem como o gerador, o responsável pela sua destinação.
De acordo com a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 regulamentada pelo Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010 é responsabilidade do fabricante dar destino a esse tipo de produtos, essa medida é chamada de logistica reversa.
A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo
Segundo o secretário do Meio Ambiente, Justo Marques, é de total responsabilidade dos fabricantes que esses materiais sejam  mandados de volta à sua origem. “Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado adequadamente, para evitar trabalho e custos extras.”, explica Justo.
Ainda segundo Justo, a secretária do meio ambiente, já busca medidas junto com o SIMA,  para que esses produtos, principalmente sofás, sejam destinados em lugares adequados e aproveitados da melhor forma possivel.
 “ Nosso objetivo é estudar um lugar e ceder para que as empresas que receberem essa devolução, tenham um local para destinar seu produto”,disse Justo.
Para as empresas colocar a logistica reversa em prática, elas teriam que  planejar estrategicamente os sistemas internos (gerenciamento de estoques, sistemas de informação, espaço físico) e externos (transporte e relacionamento com clientes), Fatores que o poder público também teria que colaborar já que o local não seria de responsabilidade do Fabricante, e sim da Prefeitura.
Em Arapongas, a Farmácia Ploraceae serve de  exemplo quando o assunto é logistica reversa. A preocupação com as questões relacionadas a Preservação do Meio fez com que a farmácia implantasse  o  Projeto de Sustentabilidade Ambiental ECO PHLORACEAE.
O projeto  tem como objetivo minimizar o impacto dos descartes de remédios vencidos ao meio ambiente e que tem poluído o solo, os rios e o meio ambiente de uma forma geral. Preocupada com esse problema, a Phloraceae disponibiliza de forma gratuita, em todas as suas lojas, recipientes para coleta adequada de embalagens vazias e medicamentos vencidos sejam eles manipulados ou comerciais. O cliente Phloraceae também pode utilizar a ECOBAG, bolsa com lacre para que possa levar até sua residência ou condomínio, coletar os resíduos e retornar até a empresa de uma forma prática e segura.
Todo material recolhido é encaminhado para um centro especializado e incinerado em equipamentos específicos para esse fim, diminuindo ao máximo os impactos ao meio ambiente.
O Projeto ECO PHLORACEAE foi reconhecido na 4ª edição do Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável como o “Projeto Destaque”. O evento realizado em Curitiba no dia 08 de fevereiro de 2011 foi promovido pela ISAE/FGV em parceria com o GRP (Grupo Paranaense de Comunicação) e Sebrae-PR e reconhece as melhores iniciativas de empreendedorismo sustentável.
O sucesso deste trabalho também resultou no reconhecimento pela Câmara Municipal de Londrina que em 26 de junho de 2011 concedeu a Phloraceae o “Diploma de Reconhecimento Público” pelo projeto.

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